Histamina Central, Receptor H3 e Terapia para Obesidade

Por INFORMATIVO SPES

A histamina é mais conhecida como a substância química que causa reações alérgicas, mas você sabia que ela também pode desempenhar um papel crucial na regulação do peso corporal? Pesquisas recentes têm destacado a importância do sistema histaminérgico central na homeostase energética, sugerindo novas direções para terapias de obesidade.

 

O Papel da Histamina na Regulação Energética

O sistema histaminérgico cerebral, através do receptor H1, é vital para a manutenção do equilíbrio energético do corpo. A ativação do receptor H1 aumenta a liberação de histamina no hipotálamo, uma região do cérebro que regula a ingestão de alimentos e o peso corporal. Esta liberação de histamina resulta na diminuição do apetite e na redução do peso.

 

Receptor H3: Um Alvo Promissor

Os receptores H3 de histamina são encontrados nas membranas pré-sinápticas de neurônios histaminérgicos. Estes receptores atuam como auto-receptores, regulando a liberação de histamina. Uma forma inovadora de combater a obesidade é utilizando antagonistas ou agonistas inversos do receptor H3, que aumentam a liberação de histamina no hipotálamo, promovendo a supressão do apetite.

 

Terapia Potencial para Obesidade

Considerando a crescente epidemia de obesidade e suas complicações associadas, como diabetes tipo 2, hipertensão e doenças cardiovasculares, a modulação do sistema histaminérgico oferece um caminho promissor para o desenvolvimento de novas terapias. Medicamentos que visam aumentar a liberação de histamina no cérebro podem ajudar a controlar o apetite e, consequentemente, reduzir o peso corporal.

 

Conclusão

A pesquisa sobre o papel central da histamina e do receptor H3 na regulação do peso corporal abre novas possibilidades para tratamentos mais eficazes contra a obesidade. Ao entender e manipular este sistema, podemos estar mais próximos de oferecer soluções mais eficazes e menos invasivas para aqueles que lutam contra o excesso de peso.

 

 

Para mais detalhes sobre este estudo, acesse o artigo completo: https://www.eurekaselect.com/article/99358
DOI: 10.2174/1871527318666190703094846

Fonte: Received: CNS & Neurological Disorders – Drug Targets, 2019, 18, 516-522