Síndrome Metabólica na Transição Menopáusica: O Que Você Precisa Saber
Por: Informativo SPES
A menopausa é um período natural na vida das mulheres, mas traz consigo uma série de mudanças que podem impactar diretamente a saúde. Entre essas mudanças, a síndrome metabólica se destaca como um dos principais fatores de risco para doenças cardiovasculares. Mas qual é a real relação entre a menopausa e o aumento da prevalência dessa síndrome? Um estudo recente, revisado por Karina Giane Mendes e sua equipe, oferece respostas importantes.
O Que é a Síndrome Metabólica?
A síndrome metabólica é um conjunto de condições que, quando presentes em conjunto, aumentam significativamente o risco de doenças cardiovasculares e diabetes. Entre os principais componentes estão:
- Aumento da circunferência da cintura
- Pressão arterial elevada
- Níveis anormais de colesterol e glicose
Esses fatores de risco, que já são preocupantes em qualquer fase da vida, tendem a se agravar durante a transição menopáusica.
A Transição Menopáusica e Seus Efeitos
A transição menopáusica é dividida em três fases principais:
- Pré-menopausa: Antes do início das alterações hormonais significativas.
- Perimenopausa: O período de transição, quando os níveis hormonais começam a oscilar.
- Pós-menopausa: Após a última menstruação, quando os níveis de estrogênio caem drasticamente.
É na fase pós-menopausa que os riscos para a saúde cardiovascular aumentam de forma mais significativa. A queda nos níveis de estrogênio favorece o acúmulo de gordura abdominal, um dos principais componentes da síndrome metabólica. Além disso, a pressão arterial tende a subir, aumentando ainda mais o risco de doenças cardíacas.
Principais Descobertas da Revisão
A revisão sistemática analisou estudos de diversas populações e revelou que a prevalência da síndrome metabólica em mulheres na transição menopáusica varia amplamente, de 7% a 46%. Essa variação pode ser explicada por fatores como diferenças genéticas, estilo de vida e cuidados de saúde em cada região.
No entanto, o que fica claro é que a menopausa desempenha um papel fundamental no aumento do risco de desenvolver essa síndrome. As alterações hormonais, especialmente a queda do estrogênio, são apontadas como um fator determinante para o acúmulo de gordura abdominal e o aumento dos fatores de risco cardiovascular.
Por Que Isso é Importante?
Com o aumento da expectativa de vida, as mulheres passam uma parte significativa de suas vidas na fase pós-menopausa. Isso torna ainda mais relevante o entendimento da relação entre a menopausa e a síndrome metabólica. A prevenção e o monitoramento dos fatores de risco são essenciais para garantir uma qualidade de vida melhor e evitar complicações graves, como infartos e derrames.
O Que Pode Ser Feito?
A pesquisa destaca a necessidade de mais estudos sobre a relação entre as alterações hormonais e os componentes da síndrome metabólica. No entanto, algumas medidas já podem ser adotadas para reduzir os riscos:
- Manter uma alimentação equilibrada: Focar em alimentos ricos em fibras, proteínas magras e gorduras saudáveis pode ajudar a controlar o peso e os níveis de colesterol.
- Praticar exercícios físicos: A atividade física regular é essencial para manter a saúde cardiovascular e controlar a circunferência da cintura.
- Acompanhamento médico regular: Monitorar a pressão arterial, os níveis de glicose e colesterol é fundamental para detectar precocemente qualquer alteração.
Conclusão
A transição menopáusica é um período de grandes mudanças no corpo feminino, e entender os riscos associados a essas mudanças é o primeiro passo para uma vida mais saudável. A síndrome metabólica é uma preocupação real, mas com os cuidados certos, é possível minimizar seus efeitos e garantir uma melhor qualidade de vida.
Para mais detalhes sobre o estudo, acesse o artigo completo https://doi.org/10.1590/S0102-311X2012000800002.