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Monitorização Térmica Digital: Uma Nova Ferramenta na Avaliação do Risco Cardiovascular.

Por: Informativo SPES

A saúde cardiovascular é uma preocupação crescente, especialmente em indivíduos com doença arterial coronariana (DAC). Um estudo inovador publicado na Vascular Medicine explora o potencial da Monitorização Térmica Digital (DTM) como uma ferramenta eficaz na avaliação da função vascular e no risco cardiovascular.

O Estudo

Com 133 participantes, metade homens e com idade média de 54 anos, o estudo incluiu 19 indivíduos com DAC conhecida. A DTM foi realizada através da medição das temperaturas dos dedos durante e após a oclusão do braço por dois minutos. O foco principal foi o rebote de temperatura (TR) após a desoclusão.

Resultados Surpreendentes

Os resultados revelaram que o TR foi significativamente menor em pacientes com DAC em comparação aos saudáveis, sendo 62% inferior no grupo com DAC (0,6 ± 0,9 °F) em relação ao grupo sem DAC (1,6 ± 1,7 °F), com um valor de p < 0,0003. Análises adicionais, ajustadas para idade e sexo, confirmaram que o TR estava associado à presença de DAC e a fatores de risco como hipertensão e diabetes.

Implicações Clínicas

O estudo destaca a DTM como uma ferramenta valiosa para detectar disfunções endoteliais precoces, que são precursoras de eventos cardiovasculares. A associação entre TR reduzido e DAC sugere que a DTM pode identificar pacientes em risco antes de eventos adversos. A inclusão de fatores como o escore de Framingham reforça a relevância da DTM em avaliações clínicas abrangentes.

Uma Abordagem Não Invasiva Promissora

Os métodos tradicionais de triagem de risco cardiovascular, como o perfil lipídico, podem ser complementados pela DTM, que oferece uma visão focada na resposta vascular ao estresse isquêmico. Este método não invasivo é especialmente valioso para populações assintomáticas, oferecendo uma alternativa promissora para a avaliação do risco cardiovascular.

Conclusão

A DTM surge como uma técnica promissora na avaliação da função vascular e na identificação de pacientes de alto risco para DAC. Os dados do estudo sugerem que a DTM pode ser integrada nas práticas clínicas, aprimorando a triagem e o manejo do risco cardiovascular.

Referência:

Gul, K. M., et al. “Digital thermal monitoring of vascular function: a novel tool to improve cardiovascular risk assessment.” Vascular Medicine 2009; 14: 143–148. DOI: https://doi.org/10.1177/1358863X08098850.

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Vírus Oncolíticos: A Nova Fronteira no Tratamento do Câncer

 

Por: Informativo SPES

 

O uso de vírus oncolíticos na terapia do câncer tem emergido como uma das abordagens mais promissoras na oncologia moderna. Esses vírus têm a capacidade única de atacar seletivamente as células tumorais, preservando as células saudáveis, o que representa um avanço significativo no combate à doença.

Como Funcionam os Vírus Oncolíticos?

Diferentes tipos de vírus, como adenovírus, herpes simplex e o vírus da doença de Newcastle, têm sido estudados em modelos animais e ensaios clínicos, mostrando eficácia e segurança. O segredo desses vírus está em sua capacidade de se replicar dentro das células cancerígenas, levando à destruição dessas células de forma seletiva. Além disso, ao infectarem as células tumorais, eles podem desencadear respostas imunológicas que ajudam ainda mais a eliminar o câncer.

Avanços na Engenharia Genética

Outro aspecto importante abordado é a evolução da engenharia de vetores virais. Essa tecnologia tem permitido a melhoria na entrega e na expressão de genes terapêuticos, aumentando a eficácia e a segurança dos tratamentos. Um marco importante foi a aprovação do primeiro medicamento de terapia gênica baseado em vírus oncolíticos, o Gendicine, na China. Desde então, outros tratamentos, incluindo um baseado em herpes simplex, foram aprovados nos EUA e na Europa.

O Futuro da Oncologia

Os avanços no uso de vírus oncolíticos abrem novas perspectivas para o tratamento do câncer. A combinação da seletividade desses vírus com a engenharia genética promete terapias cada vez mais eficazes e seguras. Esses desenvolvimentos trazem esperança para pacientes e especialistas, sinalizando um futuro promissor para a medicina oncológica.

Para saber mais sobre este tema, confira o artigo completo publicado no Biologics (2018). Você pode acessá-lo [aqui](https://doi.org/10.2147/BTT.S140114).

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Controle do Diabetes Tipo 1 com Dieta Baixa em Carboidratos: Um Novo Caminho?

Por: Informativo SPES

O diabetes tipo 1 é uma doença autoimune que, embora frequentemente diagnosticada na infância, pode afetar pessoas de todas as idades. Essa condição é marcada pela destruição das células beta do pâncreas, responsáveis pela produção de insulina, resultando em níveis elevados de glicose no sangue (hiperglicemia). Sem tratamento adequado, o diabetes tipo 1 pode levar a complicações graves, como cegueira e insuficiência renal. Estima-se que 463 milhões de pessoas em todo o mundo vivam com diabetes, tornando essa doença uma das principais preocupações de saúde global.

Tradicionalmente, as diretrizes recomendavam que indivíduos com diabetes tipo 1 consumissem entre 50% a 60% de carboidratos em sua dieta. No entanto, como os carboidratos são o principal macronutriente responsável por elevar a glicose no sangue, essas recomendações muitas vezes se mostraram ineficazes no controle da doença.

Um novo estudo busca desafiar essa abordagem tradicional, investigando os benefícios de uma dieta baixa em carboidratos para adultos com diabetes tipo 1. O protocolo do estudo, que será realizado ao longo de 26 semanas, envolve a participação de 20 adultos com níveis de HbA1c superiores a 7,0%. Os participantes iniciarão a dieta com 130 gramas de carboidratos por dia, reduzindo gradualmente essa quantidade para 50 gramas diárias. O principal objetivo do estudo é avaliar a mudança nos níveis de HbA1c, um importante marcador de controle glicêmico, além de observar a variabilidade glicêmica e a qualidade de vida dos participantes.

Os resultados desse estudo podem trazer novas perspectivas sobre o manejo do diabetes tipo 1, oferecendo uma alternativa dietética que potencialmente melhora o controle glicêmico e a qualidade de vida dos pacientes. A pesquisa contribui para o avanço do conhecimento na área e pode influenciar futuras diretrizes de tratamento.

Referências:
Felizardo AA, Paiva CDSB, Brasileiro JDFL, et al. Implementing a low-carbohydrate diet in adults to manage type 1 diabetes mellitus: a standard of care protocol. Int J Clin Trials. 2022 Feb;9(1):18-28. DOI: [https://doi.org/10.18203/2349-3259.ijct20220108](https://doi.org/10.18203/2349-3259.ijct20220108).

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Tratamento Inovador e Promissor para o Câncer de Mama em Estágio Terminal: Um Relato de Sucesso

Por: Informativo SPES

Em um cenário onde as opções de tratamento convencionais se mostram ineficazes, uma abordagem inovadora e promissora pode ser a chave para renovar as esperanças de pacientes com câncer avançado. Um recente relato de caso publicado no Cureus destaca como uma combinação de estratégias metabólicas e terapias avançadas resultou em uma resposta completa e duradoura em uma paciente com câncer de mama em estágio terminal.

A paciente, uma mulher de 47 anos diagnosticada com câncer de mama avançado em 2016, vivenciou uma progressão significativa de sua condição até 2018, o que a levou a procurar alternativas no ChemoThermia Oncology Center, em Istambul. Inicialmente, a paciente havia recusado a quimioterapia convencional, mas, frente ao agravamento da doença, optou por uma abordagem terapêutica não convencional.

O tratamento realizado envolveu a quimioterapia metabolicamente suportada (MSCT), dieta cetogênica (KD), hipertermia (HT) e terapia hiperbárica de oxigênio (HBOT). Essa combinação terapêutica, aplicada ao longo de seis meses, levou à eliminação completa das lesões detectáveis, resultado que se manteve por dois anos através de um suporte contínuo dietético e suplementar.

Um dos pontos cruciais discutidos no artigo é o efeito Warburg, um fenômeno onde as células cancerígenas preferem glicose como fonte de energia. A terapia utilizada explorou essa vulnerabilidade metabólica, oferecendo um novo caminho para pacientes que, como essa mulher, enfrentam o estágio mais avançado da doença e para quem as terapias convencionais não são mais uma opção viável.

Os resultados desse caso trazem esperança e apontam para a importância de explorar novas fronteiras no tratamento do câncer, considerando o metabolismo como um alvo estratégico para tratamentos futuros.

Referência:
İyikesici M, Slocum A, Winters N, et al. (April 26, 2021) Metabolically Supported Chemotherapy for Managing End-Stage Breast Cancer: A Complete and Durable Response. Cureus 13(4): e14686. DOI: 10.7759/cureus.14686.

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A Conexão Preocupante entre Obesidade Abdominal, Resistência à Insulina e Exposição a Dioxinas.

Por: Informativo SPES

A obesidade é um problema de saúde pública que vai além de questões estéticas, especialmente quando falamos de obesidade abdominal. Essa forma específica de acúmulo de gordura está intimamente ligada à resistência à insulina, um precursor preocupante de condições como o diabetes tipo 2. Mas você sabia que a exposição a certos poluentes ambientais pode agravar ainda mais esse cenário?

Um estudo recente lançou luz sobre a ligação entre a exposição a dioxinas – um tipo de poluente orgânico persistente (POP) – e a resistência à insulina em pessoas com obesidade abdominal. Conduzido com 2876 participantes que vivem perto de uma área contaminada por dioxinas, o estudo investigou como esses poluentes podem influenciar o metabolismo.

Os resultados são alarmantes. Homens com níveis mais altos de certas dioxinas no sangue, além de obesidade abdominal, apresentaram um risco significativamente maior de desenvolver resistência à insulina. O mesmo foi observado em mulheres, embora os congêneres de dioxinas envolvidos fossem diferentes. O grupo mais exposto a esses poluentes e com obesidade abdominal teve uma resistência à insulina até 5 vezes maior do que aqueles menos expostos.

Esses achados sugerem que a obesidade abdominal e a exposição a dioxinas podem ser uma combinação perigosa para a saúde metabólica, aumentando substancialmente o risco de resistência à insulina. Este estudo reforça a importância de considerarmos não apenas fatores alimentares e genéticos, mas também a exposição a substâncias tóxicas no ambiente, na luta contra a obesidade e suas complicações.

Portanto, se você está preocupado com a sua saúde, vale a pena prestar atenção tanto ao ambiente ao seu redor quanto aos hábitos de vida, já que ambos podem ter um impacto significativo na sua saúde metabólica.

 

Referência:

Chang, J.-W., Chen, H.-L., Su, H.-J., & Lee, C.-C. (2016). Abdominal Obesity and Insulin Resistance in People Exposed to Moderate-to-High Levels of Dioxin. PLoS ONE. DOI: [10.1371/journal.pone.0145818] https://doi.org/10.1371/journal.pone.0145818.

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Nova Diretriz da ASCO Explora o Uso da Medicina Integrativa para o Tratamento da Dor em Pacientes Oncológicos.

Por: Informativo SPES

Quando falamos de tratamento oncológico, a gestão da dor é uma das áreas que mais desafia pacientes e profissionais de saúde. Nesse cenário, surge uma nova diretriz, fruto da colaboração entre a Sociedade de Oncologia Integrativa e a Sociedade Americana de Oncologia Clínica (ASCO), que traz uma perspectiva inovadora: o uso da medicina integrativa para o manejo da dor em pacientes com câncer.

O que é a Medicina Integrativa?

A medicina integrativa combina terapias complementares com tratamentos médicos convencionais. A ideia não é substituir as terapias tradicionais, mas sim agregar práticas que possam melhorar a qualidade de vida dos pacientes. A nova diretriz revisou 227 estudos publicados entre 1990 e 2021, incluindo revisões sistemáticas, meta-análises e ensaios clínicos randomizados, para desenvolver recomendações baseadas em evidências.

Terapias Recomendadas

A diretriz sugere várias abordagens complementares para o manejo da dor oncológica:

Acupuntura: Eficaz para dor articular, especialmente em pacientes que utilizam inibidores de aromatase.

Ioga: Recomendada para dores gerais do câncer e dores musculoesqueléticas.

Reflexologia e Acupressão: Indicadas para aliviar diferentes tipos de dor, incluindo a neuropatia periférica induzida por quimioterapia.

Massagem: Ajuda na redução do desconforto físico.

Imaginação Guiada com Relaxamento Muscular Progressivo: Utilizada para promover relaxamento e alívio da dor.

 

Cada uma dessas terapias foi avaliada quanto à qualidade das evidências disponíveis e a força das recomendações para diferentes tipos de dor.

E as Crianças?

Embora a diretriz apresente recomendações claras para adultos, as evidências para o uso de terapias integrativas em pacientes pediátricos ainda são insuficientes. Mais pesquisas são necessárias para entender como essas abordagens podem beneficiar crianças e adolescentes com câncer.

O Futuro do Manejo da Dor em Oncologia

Essa diretriz representa um passo importante em direção a um cuidado mais holístico e personalizado. Ela reforça a importância de integrar práticas complementares com tratamentos convencionais, sempre baseadas em evidências científicas sólidas.

Para profissionais de saúde, cuidadores e pacientes interessados em explorar mais sobre essas abordagens, a diretriz completa e recursos adicionais podem ser acessados nos sites da Sociedade de Oncologia Integrativa e da ASCO.

Essa nova visão sobre o manejo da dor oncológica pode ser exatamente o que muitos pacientes precisam para melhorar sua qualidade de vida durante o tratamento. É um campo em crescimento que certamente merece atenção e mais pesquisas no futuro.

 

Referência:

Autores: Jun J. Mao, MD, MSCE; Nofisat Ismaila, MD, MSc; Ting Bao, MD; Debra Barton, PhD; Eran Ben-Arye, MD; Eric L. Garland, PhD; Heather Greenlee, ND, PhD; Thomas Leblanc, MD; Richard T. Lee, MD; Ana Maria Lopez; Gary H. Lyman, MD, MPH; Jodi MacLeod, BA; Viraj A. Mestre, MD, PhD; Dra. Kavitha Ramchandran; Lynne I. Wagner, PhD; Eleanor M. Walker, MD; Deborah Watkins Bruner, PhD; Claudia M. Witt, MD, MBA; Eduardo Bruera, MD. Revista de Oncologia Clínica. Volume: 40, Número 34. Ano 2022.

DOI: [10.1200/JCO.22.01357](https://doi.org/10.1200/JCO.22.01357)

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Como a Oxitocina Molda Nossas Interações Sociais: O que a Ciência Revela

Por: INFORMATIVO SPES

 

Você já parou para pensar por que as interações sociais são tão importantes para o bem-estar e sobrevivência dos mamíferos, incluindo nós, humanos? Um estudo recente publicado na Nature Reviews Neuroscience oferece insights fascinantes sobre como a oxitocina, uma substância química do cérebro, desempenha um papel central nessas interações.

 

A pesquisa destaca que a evolução impulsionou a complexidade dos comportamentos sociais em vertebrados, levando ao desenvolvimento de cérebros maiores e mais sofisticados, especialmente nos mamíferos. No cerne dessa evolução está a oxitocina, um neuropeptídeo altamente conservado que influencia uma ampla gama de comportamentos sociais, desde a reprodução até a proteção e bem-estar.

 

A oxitocina, produzida por neurônios no hipotálamo, atua como uma peça-chave no sistema neural dos mamíferos, afetando como percebemos, processamos e reagimos a sinais sociais. A variação na conectividade desses neurônios e na liberação de oxitocina pode explicar por que diferentes espécies, e até indivíduos, exibem uma diversidade tão grande de comportamentos sociais.

 

O estudo também aborda a importância de modelos experimentais, como os realizados em roedores, para entender como a oxitocina regula circuitos neurais que influenciam desde interações sociais cotidianas até vínculos afetivos mais profundos. Esses achados são especialmente relevantes ao considerar possíveis disfunções sociais, como as observadas em casos de isolamento ou perda de parceiros, sugerindo que a oxitocina pode ser um alvo terapêutico promissor para tratar disfunções socioemocionais.

 

Em resumo, a oxitocina não só promove as interações sociais, mas também reforça os laços que mantêm os grupos unidos, sejam eles familiares, de amizade ou de parceria. Compreender o papel desse neuropeptídeo pode abrir novas portas para intervenções terapêuticas em uma série de condições que afetam a vida social e emocional.

 

Fonte: Detection, processing and reinforcement of social cues: regulation by the oxytocin system, Nature Reviews Neuroscience | Volume 24 | December 2023.

Saiba mais em https://doi.org/10.1038/s41583-023-00759-w

 

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Influência das Mídias Sociais no Comportamento Alimentar de Adolescentes: O Que o Estudo Revela?

Por: Informativo SPES

Nos últimos anos, o aumento dos transtornos alimentares entre adolescentes tem chamado a atenção de especialistas, especialmente com o crescimento do uso de mídias sociais. Um estudo recente, publicado na Revista Brasileira de Obesidade, Nutrição e Emagrecimento, investigou como as redes sociais estão moldando os comportamentos alimentares dos jovens.

 

Realizado com 97 adolescentes entre 13 e 15 anos em uma escola pública no município de Sangão, o estudo revelou dados preocupantes. Cerca de 42,3% dos participantes passam de 3 a 5 horas conectados diariamente, enquanto 21,6% utilizam a internet por mais de 8 horas. Essa intensa exposição às redes sociais tem mostrado um impacto direto na maneira como os adolescentes lidam com a alimentação e a imagem corporal.

 

O estudo aponta uma ligação significativa entre o tempo de uso das redes sociais e o hábito de realizar refeições em frente às telas. Este comportamento é preocupante, pois o artigo define os transtornos alimentares como síndromes comportamentais que afetam a saúde física e emocional, além das relações sociais.

 

Com o avanço da tecnologia, a pressão estética promovida por influenciadores digitais e conteúdo online se tornou mais intensa, contribuindo para o aumento desses transtornos, especialmente entre as meninas. O estudo reforça a necessidade de conscientização sobre os riscos do uso excessivo das redes sociais e seu impacto na saúde dos adolescentes.

 

Ao entender essas influências, pais, educadores e profissionais da saúde podem trabalhar juntos para mitigar os efeitos negativos das mídias sociais, promovendo hábitos alimentares mais saudáveis e uma relação mais positiva com a imagem corporal entre os jovens.

Referência:

Lima L., Coelho B., Viana V.M., Luciano T. F.(2002). Mídias sociais e a mudança no comportamento alimentar de adolescentes. Revista Brasileira de Obesidade, Nutrição e Emagrecimento.

Saiba mais em: https://www.rbone.com.br/index.php/rbone/article/view/2110

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Aumento de Eventos Cardiovasculares em Homens com Câncer de Próstata Tratados com Inibidores de Sinalização do Receptor de Andrógeno: O Que Você Precisa Saber

Por: INFORMATIVO SPES

Um novo estudo, conduzido por Akihiro Matsukawa e sua equipe de pesquisadores, trouxe à tona importantes descobertas sobre os riscos cardiovasculares associados ao uso de inibidores de sinalização do receptor de andrógenos (ARSi) em homens com câncer de próstata avançado. Publicado em agosto de 2023, este estudo revisou e analisou dados de 22 ensaios clínicos randomizados (ECRs), revelando insights cruciais para pacientes e profissionais de saúde.

Introdução
Os ARSi, incluindo medicamentos como abiraterona, enzalutamida, apalutamida e darolutamida, transformaram significativamente o tratamento do câncer de próstata avançado. No entanto, a relação entre esses medicamentos e os eventos cardiovasculares não era bem compreendida até agora. Este estudo visa esclarecer essa associação, oferecendo uma análise detalhada dos riscos cardiovasculares que esses tratamentos podem apresentar.

Metodologia
A equipe de pesquisa analisou dados de bancos como PubMed, Scopus e Web of Science, focando em estudos que envolviam pacientes com câncer de próstata avançado tratados com ARSi. Eles investigaram a incidência de distúrbios cardíacos, insuficiência cardíaca, doença arterial coronariana (DAC), fibrilação atrial e hipertensão. Para comparar os diferentes ARSi, foram realizadas meta-análises de rede (NMAs), comparando os resultados com a terapia de privação de andrógeno (SOC).

Resultados
Os resultados foram significativos e preocupantes. Os ARSi foram associados a um aumento no risco de distúrbios cardíacos (RR: 1,41, IC95%: 1,13-1,76) e hipertensão (RR: 1,84, IC95%: 1,47-2,32). Especificamente:
– Abiraterona aumentou o risco de hipertensão (RR 1,77; IC95% 1,39-2,26) e distúrbios cardíacos (RR 1,53; IC95% 1,15-2,04).
– Enzalutamida apresentou um risco ainda maior de hipertensão (RR 2,20; IC95% 1,66-2,91).
– Darolutamida não mostrou um aumento significativo no risco cardiovascular em comparação com SOC.

Implicações Clínicas
Essas descobertas ressaltam a necessidade de uma avaliação cuidadosa ao escolher ARSi para o tratamento de câncer de próstata avançado, especialmente em pacientes com histórico de doenças cardiovasculares. Cada ARSi apresenta um perfil de risco distinto, destacando a importância de uma seleção criteriosa e do monitoramento contínuo dos pacientes.

Conclusão
O estudo de Matsukawa e colaboradores oferece evidências claras de que os ARSi elevam o risco cardiovascular em homens com câncer de próstata avançado. Esses achados são cruciais para a tomada de decisões clínicas e enfatizam a importância de uma abordagem personalizada no tratamento, considerando os riscos e benefícios de cada opção terapêutica.

Para mais detalhes sobre este estudo, você pode acessar o artigo completo (https://doi.org/10.1097/01.JU.0001008804.84010.ec.06).

Fonte: Matsukawa, A., Yanagisawa, T., Rajwa, P., et al. (2023). “Avaliação de Eventos Cardiovasculares em Homens com Câncer de Próstata Tratados com Inibidores de Sinalização do Receptor de Andrógeno: Uma Revisão Sistemática, Meta-Análise e Meta-Análise em Rede”.